HISTÓRIAS ZIGZÁSTICAS com a biblioteca escolar

 

Respondendo ao desafio promovido pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e o ZIG ZAG | RTP, HISTÓRIAS ZIGZÁSTICAS com a biblioteca escolar, em que os alunos dos 1º e 2º ciclos eram convidados a escrever um conto de tema livre que integrasse a biblioteca escolar, os nossos alunos do 2º ciclo abraçaram-no e, após decisão do júri escolhido para o efeito, o conto selecionado para representar o Agrupamento foi o seguinte:

 

A Máquina do Tempo

 

Mário era um miúdo de doze anos que vivia no futuro. Gostava muito de ler, mas as bibliotecas da cidade onde habitava não tinham livros do seu agrado. Após muito refletir, teve uma brilhante ideia.

- E se eu construísse uma máquina do tempo? - questionou-se em voz alta, com ar pensativo. - Mas tenho de inventar um plano. Já sei! Para o pôr em prática, primeiramente, vou precisar de metal e de algumas peças de carros, ou seja, tenho de ir à sucata; depois, precisarei de um relógio velho que funcione e, por último, fazem-me falta duas pessoas, um cientista e um metalúrgico para colocarem a máquina em perfeito funcionamento.

E foi logo trabalhar no seu plano. Passou pela sucata e encontrou pedaços de metal e alguns motores de carros. Depois, deslocou-se a uma relojoaria e comprou um relógio antiquíssimo que custou uma verdadeira fortuna, mas o plano assim o exigia. De seguida, foi a uma serralharia e pediu ao metalúrgico para lhe construir a máquina. O senhor aceitou de bom grado e começou, de imediato, a unir o metal ao relógio. Por fim, já com o esqueleto metálico da máquina, Mário dirigiu-se ao centro científico da sua cidade e solicitou aos cientistas que a configurassem, para que rapidamente conseguisse teletransportar-se. Ao final da tarde, a máquina estava pronta. As peças velhas e ferrugentas deram lugar a uma bela máquina que, de tanto brilhar, parecia um diamante.

- Uau! Está fenomenal! - disse, espantado e orgulhoso da sua ideia genial. 

- Mário, só um aviso! Não a molhes, caso contrário poderás estragar o sistema de dados e ficarás preso no ano que estiver registado. - avisaram cautelosamente os cientistas.

- Estarei atento! - disse, seguro de que tal não iria acontecer. - Está na hora de voltar ao ano de 2022!

Carregou num botão amarelo e a máquina levou-o para a Escola Básica do Ave. Curioso e atento ao que o rodeava, questionou um menino que estava a brincar serenamente no jardim:

 - Olá, como te chamas? 

 - Sou o Afonso, e tu? - respondeu o rapaz, com ar tranquilo.

 - Chamo-me Mário e sou um miúdo do futuro. Vim numa máquina do tempo  e procuro uma biblioteca! Podes mostrar-me onde fica a da tua escola?

 - Claro! Anda comigo.

E lá foram eles. Afonso mostrou-lhe os livros da sua escola. Eram imensos e extraordinários. Tanta cor e tantas histórias! Trouxe “O Diário de um Banana”. Como agradecimento pela ajuda prestada, decidiu então mostrar a sua máquina ao pequeno jovem e convidá-lo para uma rápida viagem pela vila onde este habitava. Pararam em frente à biblioteca municipal, onde puderam ver também livros maravilhosos. Que espaço fantástico! Na mochila de Mário couberam livros como “O Diário de Anne Frank” e “O Rapaz de Pijama às Riscas”. 

Depois de um dia intenso de aventura, despediu-se do amigo:

- Adeus, Afonso! Obrigado por me dares a conhecer estas bibliotecas. De onde eu venho os livros são desinteressantes.

- Boa viagem até ao futuro, Mário. Por favor, vem visitar-me, pois, com mais calma, poderei mostrar-te outros livros de que irás gostar muito.

- Prometo que voltarei mais vezes até porque terei de devolver os que levo.

Mário regressou, satisfeito com a sua descoberta. Quando chegou a casa, contou a aventura aos pais e mostrou-lhes os livros. Estes ficaram espantados ao verem livros tão antigos e Mário sentia-se finalmente feliz por ter a oportunidade de os ler.

 

Afonso Rodrigues, 6° B

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